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ESCOLA DE

FOTÓGRAFOS

CEGOS

SOMOS A PRIMEIRA ESCOLA DE FOTÓGRAFOS CEGOS DO BRASIL.

Algumas de nossas referências são: Evgen Bavcar, Bruce Hall, Pete Eckert, João Maia, fotógrafos que se valeram pela singularidade de seus trabalhos.

João Maia é fotógrafo de esportes, duas vezes fotógrafo oficial das Paraolimpíadas. Bavcar é professor de Estética na Universidade de Sorbonne e já expôs em vários museus pelo mundo. Pete Eckert fez trabalhos para a Vokswagen e a Playboy, além do trabalho autoral que o fez reconhecido internacionalmente com as suas light paintings. Todos cegos.

Em 2021 realizamos o piloto da “Escola de Fotógrafos Cegos”: “Câmera Obscura”. E orientamos duas pessoas cegas a fotografar: os artistas João Bafo e Janaína Reis. Os ensaios foram publicados no site da associação SOCA.

Queremos que esses artistas sejam reconhecidos em praça pública e que possam ser olhados com curiosidade e interesse, por trazerem à tona uma evidência: o olhar é outra coisa.

Cegos olham e imprimem o mundo, produzem imagem. Isto pode trazer desconcerto para nós, os videntes. É interessante perceber que eles olham. E olham melhor do que nós, que temos olhos funcionais.


O que é o olhar então?

Deixemos para cada fotografia responder! Nos encontraremos em breve no Parque Moscoso em meio a produção de nossos primeiros alunos !

Que seja marcante !



 

BOLSAS DE ESTUDO

A escola oferece bolsas de estudo. São duas turmas de seis cegos, que aprendem a clicar e, mais que isso, a compreender a estética contemporânea da fotografia e a liberdade que esta implica: liberdade e inventividade; poética, desafio ao olhar, às formas, às bordas.

São 12 cegos contribuindo com a sua experiência fotográfica para as interrogações sobre as relações entre linguagem, imagem, afeto, memória, fantasia e testemunho.

As aulas são às quintas e sextas a partir de setembro e contamos com uma equipe de quatro fotógrafos para o suporte da transmissão.

No final de oito meses, realizaremos uma exposição de fotografias impressas em backlight fixadas em cubos de grande dimensão. Serão 32 fotos que contam com curadoria especializada para a exposição “Quando Fecho os Olhos Vejo Mais Perto” no Parque Moscoso, em Vitória, nos meses de maio e junho de 2023.



 

 

METODOLOGIA E CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

A metodologia da Escola de Fotógrafos Cegos tem como ponto de partida o estudo sobre Arte e Fotografia Contemporânea da encenadora, cineasta e videoartista Rejane Arruda, por sua vez baseado na sistematização proposta por Charlotte Cotton.


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO À FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA

Princípios sobre equipamentos, sua forma de funcionamento, como abertura de diafragma, velocidade e foco; como lidar com a câmera, como posicioná-la; fundamentos da iluminação em fotografia; volumes, ângulos, texturas e enquadramentos na produção da linguagem fotográfica; História da Fotografia; a Fotografia Contemporânea em diferentes modalidades.

Carga Horária: 18 horas-aula divididas em Turma A e Turma B

MÓDULO 2 - POÉTICAS DA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA:
“ALGUMA COISA E NADA”


Tudo pode virar imagem, dependendo de como é enquadrado. Objetos aparentemente sem valor do cotidiano; poeira, entulhos, sujeira, lixo, restos de comida, pratos sujos, frutas em fim de feira, utensílios domésticos, são utilizados com surpreendentes resultados estéticos.

Carga Horária: 18 horas-aula divididas em Turma A e Turma B

MÓDULO 3: POÉTICAS DA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA
- FÍSICO E MATERIAL


A composição com objetos. Com objetos à mão no cotidiano, cria-se esculturas, formas fragmentadas, caleidoscópicas, heterogêneas, provocando a interpretação. A modalidade não define um único estilo, mas permite muitas “brincadeiras” diferentes de composição.

Carga Horária: 18 horas-aula divididas em Turma A e Turma B

MÓDULO 4: POÉTICAS DA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA
- VIDA ÍNTIMA


A vida privada do autor-fotógrafo é revelado com seus personagens. Pessoas próximas, que dividem o dia-a-dia com o autor, são flagrados em momentos íntimos. Esta modalidade não exige a composição de luz ou o que poderia ser notado como “qualidade”. A estética se vale da precariedade e do improviso.

Carga Horária: 18 horas-aula divididas em Turma A e Turma B

MÓDULO 5: POÉTICAS DA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA
- INEXPRESSIVAS


O olhar clínico e distanciado sobre o objeto, funda a estética desta modalidade. O fotógrafo escolhe o objeto a enquadrar, capturando-o da forma mais “crua” possível, como documento ou objeto para a análise, sem envolvimento. Paradoxalmente, o resultado é de uma potente expressividade.

Carga Horária: 30 horas-aula divididas em Turma A e Turma B

MÓDULO 6: POÉTICAS DA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA
- ERA UMA VEZ


A imagem narra. Conta-se uma história através da imagem; apresenta-se um contexto, uma situação; é possível, na imagem, descobrir um roteiro de ações. Esta modalidade exige uma composição minuciosa e um personagem em quadro.

Carga Horária: 30 horas-aula divididas em Turma A e Turma B

MÓDULO 7: POÉTICAS DA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA - REVIVIDO E REFEITO

A citação. De quadros conhecidos, personagens históricos, cenas de cinema marcantes. Recomposição. Identifica-se na imagem, a fonte citada. O autor da foto dentro do quadro ou não. Pode-se utilizar colaboradores ou colocar-se como personagem.

Carga Horária: 30 horas-aula divididas em Turma A e Turma B

MÓDULO 8: POÉTICAS DA FOTOGRAFIA CONTEMPORÂNEA: DISPOSITIVOS

Constrói-se um dispositivo de intervenção no mundo para o contexto onde os objetos serão fotografados. A modalidade implica a performance do autor-fotógrafo a fim de disponibilizar os meios de produção fotográfica de forma que escape do seu controle. A produção de imagem será determinada pela dinâmica de funcionamento do dispositivo criado.

Carga Horária: 30 horas-aula divididas em Turma A e Turma B.



 

 

Equipe
 

COLETIVO
CIA POÉTICAS DA CENA CONTEMPORÂNEA

 

Coletivo de artistas radicados na Grande Vitória, no Espírito Santo, investiga a poética contemporânea desde 2015 - em diferentes modalidades, incorporando o Teatro, Cinema, Video e Fotografia a sua práxis e dedicando-se à transmissão e inclusão. Vedado o fazer Teatral durante o contexto pandêmico, verticalizou experimentos em Fotografia e Vídeo tomando-as como modelares da perspectiva autoral; e desenvolveu projetos junto a SOCA Brasil, atravessados pela ideia da democratização dos saberes em Arte. Este coletivo traz para a E.F.C. as diretrizes sobre os procedimentos metodológicos, pensamento, busca estética e pesquisa. É o idealizador de "Camera Obscura" - projeto piloto para a fotografia com cegos; "Cena Diversa" - quando a inclusão se estabeleceu como práxis; "Contagio"- a videoperformance junto a jovens em situação periférica; "Gatilho Poético" - Laboratório de Fotografia Contemporânea; "Laboratório de Poética Atoral"; "Fora!" - fotografia de pessoas em situação de rua; e outros projetos.

PROFESSORA E DIRETORA

REJANE ARRUDA

Diretora da Cia Poéticas da Cena Contemporânea e presidente da SOCA Brasil, trabalha com Teatro, CInema, Video e Fotografia. Com doutorado, mestrado e graduação em Artes Cênicas pela ECA-USP e pós-gradução em Cinema pela Estágio de Sá, dirigiu peças, filmes e videos ao longo de 30 anos, trabalhando inicialmente como atriz e descobrindo o lugar de diretora, roteirista e produtor
a. Sua história com a fotografia tem inicio em 1988 quando trabalhou no laboratório fotográfico da Universidade Federal de Santa Catarina e passou a cobrir show e eventos. Seu olhar é contaminado pela trajetória no Cinema e estudos de Arte Contemporânea, tomando a Fotografia como modelar.

PROFESSORES

FAGNER DE SOUZA

Formado em Artes Cênicas pela Universidade VIla Velha, trabalha com Fotografia, Video e Cinema, como ator, diretor e artista autoral. Atuou no projeto "Fora!" - fotografia de pessoas em situação de rua; "Contagio", "Cena Diversa", "Laboratório de Poética Atoral" e outros.

JULIO GABRIEL

Formado em Fotografia pela Universidade Vila Velha e em Rádio e Televisão pelo CEET Vasco Coutinho, trabalha também com Vídeo, Cinema e Marketing Digital. Aproximou-se da Cia Poéticas da Cena Contemporânea fotografando o espetáculo "Pele" em 2019 e partir de então tem contribuído para a construção de um olhar sobre a experiência fotográfica, problematizando as relações entre técnica e estética.


PROFESSORES-ASSISTENTES

ANA PAULA CASTRO

Formada em Artes Cênicas pela Universidade VIla Velha, trabalha com Fotografia e Vídeo, investigando a perspectiva autoral. Atriz nos espetáculos "Pele" e "Quando Acordar a Cidade", onde atuou como assistente-vidente. A sua relação com a Fotografia se estabelece como práxis articulada aos estudos de Arte Contemporânea na UVV e ao laboratório "Gatilho Poético" da SOCA Brasil e Cia Pooéticas da Cena Contemporânea.

YASMIN TORETTA

Formada em Artes Cênicas pela Universidade VIla Velha, trabalha com Teatro e Cinema, atuando como preparadora de elenco e atriz, e investigando a perspectiva da linguagem autoral. Atriz dos espetáculos "Pele" e "Quando Acordar a Cidade", desde 2019 integra o "Cena Diversa", colaborando com o desenvolvimento de procedimentos e a transmissão de saberes em Artes para Pessoas com Deficiência. A Fotografia se estabelece como práxis através dos estudos de Arte Contemporânea e laboratório "Gatilho Poético" - propostos pela SOCA Brasil e Cia Poéticas da Cena Contemporânea.

ALBERTO CONTARATO

Formado em Artes Cênicas pela Universidade VIla Velha, trabalha com Teatro, Vídeo e Cinema, com ênfase em Atuação, Roteiro e Direção. Diretor do espetáculo "201" e artista da Cia Poéticas da Cena Contemporânea desde 2016, participou dos laboratórios "Gatilho Poético" e "c-o-n-t-a-g-i-o".


CURADORIA

BARBARA BRAGATTO

Investiga as narrativas const
ruídas nos deslocamentos a partir da memória e do corpo. Mestranda em Cinema e audiovisual na Paris 3 Sorbonne-Nouvelle, em parceria com a Stockholm University (Suécia) e Università Ca' Foscari di Venezia (Itália), cursa também sua segunda graduação em Filosofia, na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Realizou exposições individuais no Museu da Imagem e do Som (SP) e na Galeria Homero Massena (ES), e participou de mostras coletivas, como o 15º Paraty em Foco (RJ), 15ª Mostra de cinema independente ABD (ES), V Mostra de Projeções Fotoativa (PA), entre outras.

PROJETO EXPOGRÁFICO

FLORA SIMON GURGEL

Formada em Arquitetura e Urbanismo, se interessa pela diversidade de possibilidades e na multidisciplinaridade dos projetos culturais. Atua na interseção entre Arquitetura e Artes, interesse que começou durante a graduação e a levou a pesquisar Expografia e o trabalho de museus. Acredita na potência do encontro que essas instituições promovem na cidade, bem como no seu papel educacional na sociedade.


CONSULTORIA

MARCELO PRETTO

Fotógrafo e advogado especialista em Direitos Autorais pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), professor de Fotografia e de Direito, presta consultoria jurídica e assessoria contratual a Autores, mais especificamente a fotógrafos. Autor do Livro “Direito Autoral para Fotógrafos”.

ÚRSULA DART

Sócia-diretora da empresa Ladart Produções, diretora de documentários autorais, fotógrafa e produtora executiva de filmes de longa metragem, séries e filmes publicitários. Programadora e realizadora de festivais e mostras de cinema, ministra oficinas e cursos na área. Bacharel em Direito e especialista em Documentário Criativo pela Universidade Autônoma de Barcelona, Espanha e mestre em Comunicação e Territorialidades pela UFES (2017).

MARCELO FERREIRA

Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Espírito Santo, professor, produtor cultural, artista e pesquisador da Cena Contemporânea atuante no Espírito Santo desde a década de 80, foi coordenador da Galeria de Arte do Itaú e idealizador e diretor de coletivos como a Cia Neo-Iaô de Dança e Cia Teatro Urgente.

JOÃO MAIA

Fotógrafo com deficiência visual, idealizador e fundador da Fotografia Cega. João é palestrante e ministra workshops de fotografia, acessibilidade e palestras motivacionais. Participou da Campanha Canon 2019 “Um natal para acreditar”, palestrou no Instituto Moreira Sales/2020,também deu palestra no escritório central Google São Paulo, entre outros lugares) É conselheiro da Fundação Dorina Nowill para Cegos. Participou de exposições coletivas (nacionais e internacionais) , entre elas a exposição do Brasília Photo Show.( 2018 e 2020). Realizou exposição fotográfica na cidade de Yokohama no Japão em 2019. João é licenciado em história.

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